26/10/09: A escavação
No sábado eu fiquei sabendo que hoje eu e a Ju ficaríamos responsáveis por uma unidade. Eu me sentia super preparada para qualquer coisa. Não estava. “Qualquer coisa” abrange muitas coisas. Meu espírito estava pronto para o que viesse. Não para o que veio. Definitivamente eu não estava preparada para um solo estupidamente compactado, o assistente absolutamente preguiçoso que ficou com a gente, pessoas insatisfeitas com o trabalho reclamando de minuto em minuto, escavar aquele solo já ocupava espaço suficiente da minha capacidade compreensiva. Mas, eu consegui. Se essa coisa de arqueologia não der certo, bate 3 vezes na mesa, eu vou para a diplomacia. Tenho uma capacidade diplomática bem maior do que eu imaginava.
Enfim, eu tive muito jogo de cintura ao longo do dia para às vezes sublimar os obstáculos e executar o trabalho da melhor forma possível, prometi a mim mesma que não vou esquecer o quanto isso é importante para mim, o quanto eu amo o que eu faço por mais cansativo que seja e que, portanto, eu preservarei um sorriso neste meu lindo rostinho (modéstia mode on).
No final do dia eu estou muito cansada, como eu já esperava estar (para isso meu espírito estava preparado), mas com aquela satisfação interna que nem sinto tanto o cansaço, já fiz massagem nos pés, pernas e algumas outras partes do corpo que estavam doloridas. Estou bem, ouvindo a Amy Winehouse cantar back to black lindamente (eu adoro a voz dela). Minha alma está em paz, a saudade incomoda um pouco, mas ela se acostuma, sentir saudade é bom.
Pensamento do dia: sonhos são o melhor alimento para a alma.
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