segunda-feira, 24 de maio de 2010

PENSAMENTOS

Recebi de uma amiga um e-mail um texto com uma versão "internética"do livro When I loved Myself Enough de Kim McMillen. Na versão em português Quando Me Amei de Verdade  da Editora Sextante é possivel conhecer um pouco da história do livro juntamente com a história de Kim: após a morte súbita de Kim aos 52 anos em 1996, Alison McMilen filha da autora editou as reflexões que a mãe escreveu em um caderninho e presenteou parentes e amigos. A simplicidade e beleza das mensagens encantou a todos e assim de forma despretenciosa o livro ficou conhecido. A versão original pode ser comprada aqui e a versão digitalizada da edição da Sextante pode ser acessada aqui. Abaixo os trechos que mais me tocaram.

"Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.

E então, pude relaxar."
"Quando me amei de verdade, comprei o colchão de penas que desejava havia anos."
"Quando me amei de verdade, percebi que psso não ser uma pessoa especial, mas que sou única."

"Quando me amei de verdade, deixei a menina levada dentro de mim pular do último trampolim da piscina."


"Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável… Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Mas hoje eu sei que é Amor-próprio."


"Quando me amei de verdade, comecei a perceber que os desejos do coração acabam se realizando e passei a ter mais calma e paciência, exceto quando esqueço disso."

"Quando me amei de verdade, desisti de ignorar u suportar meu sofrimento."

Refletir sobre as mensagens de Kim pode ser uma boa forma de começar a semana.
 Boa semana a todos.

A florzinha aí de cima é do google images.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Diário de fotos - a cachoeira

 Agora as fotos que eu havia prometido, vou postar em doses homeopáticas...assim dá pra acompanhar as imagens como elas foram se revelando para mim ao longo da viagem. A natureza é o cenário principal das fotos, por dois motivos: primeiro que eu amo natureza e segundo que é onde desenpenhamos nossas atividades. Enjoy it! As fotos de hoje são da cachoeira.Linda! Amanhã tem mais.

domingo, 16 de maio de 2010

Diário de Bordo parte 5

As linhas que se seguem foram escritas em uma madrugada de frustração, eu pensei bastante antes de publicá-las aqui, mas creio que seja essencial mostrar este outro lado da viagem e, em larga medida, de meu ser.  

01/11/2009: A raiva

Estou com raiva. Estou realmente com muita raiva. Como é ruim estar longe de casa e não conseguir estabelecer nenhum contato com seus familiares! Eu sempre achei que sou pedra sem limo, não sou! Eu estou com muita saudade de casa e das pessoas que ficaram e eu não consigo falar com eles. Todos os outros conseguiram falar com seus familiares, mas eu não! Não funcionou pelo telefone, nem pela internet. O que mais me irrita é o fato de que estou muito longe de casa, cansada do trabalho que é puxado e reúno paciência para poder ficar na frente de um computador por meia hora esperando carregar um único e-mail e as pessoas que estão lá com uma internet bem mais rápida não se prestam a responder a droga dos e-mails que eu mando. Entenderam? Internert proto lentium 00.00 e eu já mandei e-mails e as pessoas nem sequer respondem um único!
Tenho que trabalhar internamente a questão do desencontro, porque se eu deixar que isso tire o meu ânimo o trabalho vai ficar bem difícil e eu não quero mesmo que meu sonho se transforme em pesadelo.
Mais que compreender os desencontros, tenho que praticar (é questão de necessidade) o desapego, afinal esses sentimentos todos me abatem porque tenho necessidade de manter o controle de tudo e de todos, gosto de estar informada de tudo o que está acontecendo e na atual situação isso não é possível, afinal eu não tenho como controlar as pessoas daqui de onde estou, eu tenho que confiar na capacidade delas de viverem sem mim e acho que isso será bom para todo mundo. Será que tenho medo de me tornar desnecessária? Inútil? Acho que gosto de provar sempre meu valor, o que não pode ser praticado neste contexto de incomunicabilidade. Gosto de saber que as pessoas precisam de mim, porque acho que se elas não precisarem de mim irão me abandonar ou me trair.
A insegurança tem rondado os meus pensamentos, embora eu tenha consciência do quão absurdo são. Será que eu preciso ocupar o pouco tempo que tenho livre pensando em coisas ruins? Na verdade é um mecanismo idiota de defesa da minha mente para burlar a saudade que tenho tentado disfarçar a qualquer custo. Penso na volta o tempo todo. Preciso pensar no presente, em fazer um bom trabalho, um bom relatório, terminar meu artigo, me concentrar no presente, a volta acontecerá no momento certo e real, não na minha mente "criativa".
Aconteceram coisas tão legais, vi coisas e vivi momentos inesquecíveis, que espero não se apaguem da minha mente.

Pensamento do dia: o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã. Não sei quem é o autor dessa frase, mas neste momento é o queme alenta.

Diário de Bordo parte 4

31/10/09: A viagem

Hoje foi um dia e tanto. Acordei no horário de sempre, tomei café e saímos mais cedo para o campo, porque esse sítio fica mais longe (60 km de estrada de terra),
Depois do trabalho iremos para Novo Progresso que fica a uns 210 km daqui e que aparece no mapa. Portanto, o trabalho terá que terminar mais cedo, pois não é recomendável andar por essas estradas à noite.
É o último sítio, estamos com o trabalho adiantado. Fiquei responsável por uma unidade e me disponibilizaram outro assistente, que trabalha muito bem e faz questão de exercer todas as funções que lhe cabem, tanto melhor, assim fica bem mais fácil de observar toda a atividade para escrever o relatório. O trabalho correu tranquilamente, na medida do possível, o sítio fica num local aberto desprovido de vegetação e onde venta bastante, bom não sofremos com o calor, em compensação a barraca não para no local, o vento tira do lugar. Descemos 2 níveis antes do almoço. Depois do almoço, o responsável anterior pela unidade que estava viajando retornou daí eu pude relaxar um pouco. O coordenador da escavação disse que ia a um lugar onde existe um polidor, eu nunca vi um polidor de verdade, então sutilmente pedi para ir junto, depois de algum suspense ele aceitou me levar, pela primeira vez fiquei com raiva neste campo, com a falta de noção de alguém, algo comum em campos anteriores, mas eu havia prometido a mim mesma que não ia permitir que isso acontecesse, mas não temos controle das coisas sempre, então...
O local onde o polidor fica é numa concentração de pedras no rio Curuá, onde passa uma ponte, o acesso é através de um ramal que passa por algumas propriedades privadas, inclusive seixeiras. Não encontramos o polidor porque o rio estava muito cheio, mas o local é lindo, cenário de tirar o fôlego, Amazônia povo, Amazônia.
Quando voltamos do local do polidor, encerramos o trabalho e voltamos para Castelo de Sonhos, passamos no hotel pegamos nossas coisas e fomos para Novo progresso.

Considerações sobre a viagem:


Cenário: 200 km de estrada de terra. Amazônia...uma paisagem linda , mas tão linda que não tinha como melhorar e ainda assim melhorou, no finalzinho da tarde caiu uma chuva fininha e apareceu o arco-íris mais lindo que eu já vi! Sério eu nunca tinha visto ele com o arco completo, nada me emocionou tanto quanto aquele semi-circulo multicolor , foi lindo.

Meio de transporte: uma L200 a 140 km/h ouvindo red hot chilli peppers no volume máximo!!

Gente, a Amazônia que estou conhecendo não tem nada de idílica, mas nem por isso deixa de ser encantadora, tinham várias serras com formações rochosas pela estrada, lindo!! Fiquei deslumbrada, claro que tirei fotos, mas o carro estava em movimento a 140 km/h, então nem todas ficaram nítidas. Chegamos em Novo Progresso à noitinha, fomos para o hotel, deixamos a bagagem e depois fomos jantar, uma pizza de atum deliciosa, que nós comemos à luz de velas porque faltou energia. Voltamos para o hotel às 10:00h. Foi quando começou minha epopéia para falar com o povo em Belém, mas isso fica para amanhã que estou muito cansada.

Diário de Bordo...de volta...parte 3

26/10/09: A escavação


No sábado eu fiquei sabendo que hoje eu e a Ju ficaríamos responsáveis por uma unidade. Eu me sentia super preparada para qualquer coisa. Não estava. “Qualquer coisa” abrange muitas coisas. Meu espírito estava pronto para o que viesse. Não para o que veio. Definitivamente eu não estava preparada para um solo estupidamente compactado, o assistente absolutamente preguiçoso que ficou com a gente, pessoas insatisfeitas com o trabalho reclamando de minuto em minuto, escavar aquele solo já ocupava espaço suficiente da minha capacidade compreensiva. Mas, eu consegui. Se essa coisa de arqueologia não der certo, bate 3 vezes na mesa, eu vou para a diplomacia. Tenho uma capacidade diplomática bem maior do que eu imaginava.
Enfim, eu tive muito jogo de cintura ao longo do dia para às vezes sublimar os obstáculos e executar o trabalho da melhor forma possível, prometi a mim mesma que não vou esquecer o quanto isso é importante para mim, o quanto eu amo o que eu faço por mais cansativo que seja e que, portanto, eu preservarei um sorriso neste meu lindo rostinho (modéstia mode on).
No final do dia eu estou muito cansada, como eu já esperava estar (para isso meu espírito estava preparado), mas com aquela satisfação interna que nem sinto tanto o cansaço, já fiz massagem nos pés, pernas e algumas outras partes do corpo que estavam doloridas. Estou bem, ouvindo a Amy Winehouse cantar back to black lindamente (eu adoro a voz dela). Minha alma está em paz, a saudade incomoda um pouco, mas ela se acostuma, sentir saudade é bom.

Pensamento do dia: sonhos são o melhor alimento para a alma.